A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta
que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a
felicidade.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Pensamentos...
"A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca."
"Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer."
"Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes."
" A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas."
" Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar."
" Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo."
" Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons."
" Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo."
"Há muitas razões para duvidar e uma só para crer."
"Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer."
"No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam."
"Como as plantas a amizade não deve ser muito nem pouco regada."
"A confiança é um ato de fé, e esta dispensa raciocínio."
"As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter."
"Não é fácil ter paciência diante dos que têm excesso de paciência."
"O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza."
"Há campeões de tudo, inclusive de perda de campeonatos."
"O homem vangloria-se de ter imitado o vôo das aves com uma complicação técnica que elas dispensam."
As sem razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no elipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
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